segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Divulgada capa de “City of lost souls”, de Cassandra Clare

O USA Today revelou ontem com exclusividade a capa de City of Lost Souls, quinto volume da série "Os Instrumentos Mortais", de Cassandra Clare. Aqui no Brasil, o lançamento da série esta no terceiro volume "Cidade de vidro" que foi lançado em 2011 pela Galera Record.
Veja abaixo uma pequena previa do livro.


Um novo ano significa uma nova aventura para os Caçadores de Sombra de Cassandra Clare.
A autora continua sua série YA de sci-fi/fantasia, Os Instrumentos Mortais, com o quinto livro, City of Lost Souls, e aqui está a capa do volume que chega às lojas em 8 Maio (em inglês). Mas maio está um pouco longe, então por enquanto chequem o prólogo do livro para aumentar a vontade:
Simon ficou parado e encarou sem expressão a porta da frente de sua casa.
Ele nunca conheceu outro lar. Esse era o lugar que seus pais o trouxeram quando ele voltou da maternidade. Ele cresceu entre as paredes daquela casa geminada no Brooklyn. Ele brincou na rua embaixo da sombra das árvores no verão, e fez trenós improvisados de tampas de latas de lixo no verão. Nessa casa, toda sua família sentou o Shivá depois de seu pai morrer. Ali ele beijou Clary pela primeira vez.
Ele nunca imaginou um dia em que as portas daquela casa estariam fechadas para ele. A última vez que ele viu sua mãe, ela o chamou de monstro e implorou para que ele fosse embora. Ele a tinha feito esquecer que ele era um vampiro, usando o glamour, mas ele não sabia quanto tempo isso iria durar. Enquanto ele ficou no ar gelado do outono, olhando para frente, ele sabia que não tinha durado o suficiente.
A porta estava coberta de símbolos – estrelas de Davi pintadas com tinta, a forma incisa do símbolo de Chai, vida. Teffilin estavam restritos à maçaneta e aldrava. Um hamesh, a Mão de Deus, cobria o olho mágico.
Entorpecido, ele colocou sua mão no mezuzá de metal afixado no lado direito da entrada. Ele viu a fumaça subir do lugar onde sua mão tocou o objeto sagrado, mas não sentiu. Sem dor. Somente uma terrível vazio, crescendo lentamente numa raiva fria.
Ele chutou a parte de baixo da porta e ouviu o eco através da casa. “Mãe!” ele gritou. “Mãe, sou eu!”
Não teve resposta – somente o som dos parafusos sendo girados na porta. Sua audição sensível reconheceu os passos de sua mãe, sua respiração, mas ela disse nada. Ele podia sentir o cheiro acre de medo e pânico mesmo através da madeira.
“Mãe!” Sua voz falhou. “Mãe, isso é ridículo! Me deixe entrar! Sou eu, Simon!”
A porta vibrou, como se ela tivesse sido chutada por dentro. “Vá embora!” A voz dela estava rouca, irreconhecível com o terror. “Assassino!”
“Eu não mato pessoas.” Simon encostou sua cabeça na porta. Ele sabia que provavelmente poderia derrubá-la, mas qual seria o ponto? “Eu disse a você, eu bebo sangue animal.”
Ele ouviu ela murmurar, suavemente, várias palavras em Hebreu. “Você mato meu filho,” ela disse. “Você o matou e colocou um monstro em seu lugar.”
“Eu sou seu filho-“
“Você usa o rosto dele e fala com a sua voz, mas você não é ele! Você não é o Simon!” A voz dela subiu para quase um grito. “Saia da minha casa antes que eu te mate, monstro!”
“Becky,” ele disse. Seu rosto estava molhado; ele levantou suas mãos para tocá-lo e elas voltaram manchadas: suas lágrimas eram sangrentas. “O que você disse a Becky?”
“Fique longe de sua irmã.” Simon ouviu um um ruído de dentro da casa, como se algo tivesse sido derrubado.
“Mãe,” ele disse novamente, mas dessa vez sua voz não subia. Saiu como um sussurro rouco. Sua mão começou a latejar. “Eu preciso saber – Becky está aí? Mãe, abra a porta. Por favor-”
“Fique longe da Becky!” Ela estava andando para longe da porta; ele podia ouvir. Então veio o guincho inconfundível da porta da cozinha sendo aberta, o estalo do linóleo quando ela pisou nele. O som de uma gaveta sendo aberta. Subitamente, ele imaginou sua mãe pegando uma das facas.
Antes que eu te mate, monstro.
O pensamento fez ele voltar a ficar de pé. Se ela o atacasse, a Marca iria aparecer. Iria destruí-la como destruiu Lilith.
Ele deixou sua mão cair e andou para trás devagar, tropeçando nos degraus e na calçada, se encostando no tronco de uma das grandes árvores que sombreavam o quarteirão. Ele ficou onde estava, encarando a porta da frente de sua casa, marcada e desfigurada com os símbolos do ódio de sua mãe por ele.
Não, ele se lembrou. Ela não o odiava. Ela pensava que ele estava morto. O que ela odiava era algo que não existia. Eu não sou o que ela diz que sou.
Ele não sabia quanto tempo ele teria ficado ali, encarando, se seu telefone não tivesse tocado, vibrando no bolso de seu casaco.
Ele o pegou por reflexo, notando que o padrão na frente da mezuzá –Estrelas de Davi interligadas – estava queimado na palma de sua mão. Ele trocou de mão e encostou o telefone em sua orelha. “Alô?”
“Simon?” era Clary. Ela parecia sem ar. “Onde você está?”
“Em casa,” ele disse, e parou. “Na casa da minha mãe,” ele corrigiu. Sua voz soava oca e distante em seus próprios ouvidos. “Por que você não voltou para o Instituto? Estão todos bem?”
“É exatamente isso,” ela disse. “Assim que você saiu, Maryse voltou do telhado onde Jace supostamente estava esperando. Não tinha ninguém lá.”
Simon se moveu. Sem nem perceber o que estava fazendo, como uma boneca mecânica, ele começo a andar pela rua, na direção da estação de metrô. “O que você quer dizer com não tinha ninguém lá?”
“Jace tinha ido embora,” ela disse e ele podia ouvir a tensão na voz dela. “E Sebastian também.”
Simon parou na sombra de uma árvore sem folhas. “Mas ele estava morto. Ele está morto, Clary”
“Então me diga porque ele não está lá, porque ele não está,” ela disse, sua voz finalmente falhando. “Não tem nada lá em cima além de sangue e vidro quebrado. Eles dois foram embora, Simon. Jace foi embora…”

Um comentário:

  1. Oi De!
    Que capa incrível, né?
    Amo essa serie de coração, me falta ler o 4º livro e que legal ver a capa do 5º.
    Aí, que saudade me bateu do Jace, ele tá lindo aí *.*
    BJ!

    -Amigas Entre Livros-

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